sábado, 19 de abril de 2014

Método

Quarto texto produzido pro colóquio interno do EFF, unidade temática: Método

Estudante de graduação em Psicologia na Universidade Federal de Mato Grosso. Participante do Grupo de Pesquisa Estudos de Filosofia e Formação (EFF) - UFMT; do Núcleo UFMT do Programa Observatório da Educação - Escrileituras: um modo de ler-escrever em meio à vida e do Programa de Educação Tutorial - PET Conexões de Saberes, grupo "Inclusão, Diversidade e Protagonismo na UFMT".

Um pré(texto)sobre o Método

O Projeto Escrileituras: Um modo de ler e escrever em meio à vida, é um jogo de leitura e escrita, que toma a aprendizagem como um processo de pensamento, dinâmico e inacabável, que ocorre dentro do seu tempo, dentro do tempo da produção (Dalarosa, 2011, p. 20). As oficinas desse plano, despidas do roteiro marginalizador, são proponentes do distanciamento ao quotidiano, ao clichê, em rota ao inédito. 

O método e a metodologia nesse “oficinar” são distintos, em que o primeiro é bem mais que modo/modelo pronto de prática a ser seguido e o segundo bem mais que um passo a passo norteador. 

A metodologia é adotada pelo projeto Escrileituras, segundo Dalarosa (2011) como “um modo de intervenção investigativa nas formas de aprender” (p. 21), uma forma de trabalho que ocasiona ao participante da oficina a oportunidade de ser agente-pesquisador do inusitado, em um devir, uma pegada teórica e prática do “oficinar”. Essa desmembra e problematiza, assim, as noções empregadas de sujeito, de realidade e de verdade das proposições, de maneira tal, que estimula o estranhamento e dá contexto à ocorrência de novas vivências.

O método, por sua vez, é o que dá movimento a essa metodologia empregada. É o que torna esse estranhamento, essa aprendizagem, esse fazer e refazer vaporizados o bastante para descobrirem, adentrarem, e impregnarem cada espaço, cada viés desse corpo ator-pesquisador, dentro de uma modalidade de trabalho. Para Deleuze (1997), o método é “[...] um caso de devir, sempre inacabado [...]” (p. 11), a metodologia de mesma forma, é sempre um vir a ser, novos a cada uso partindo da leitura que se constrói e se desmembra a todo instante. 

A unidade temática método (cartográfico, Crítica Genética, Otobiográfico, transcriação, tradução, etc.), é o translado da metodologia (reflexão, deslocamento dos não lugares, material físico utilizado, etc.) aplicada na modalidade de atividade ofertada, no caso a oficina. Observa-se então, que essa não é uma unidade isolada, o que não implica que as demais sejam, mas que é atuante no que tange a motricidade da dinâmica singular pluralizada de cada unidade, de sua realização.

Modelo explicativo para a tríade: Modalidade, método e metodologia:



Referencias

DALAROSA, Patrícia Cardinale. Observatório da Educação/CAPES/INEP. In: HEUSER, Ester Maria Dreger (org.). Caderno de Notas 1: projeto, notas & ressonâncias. Cuiabá: EdUFMT, 2011, p. 15-31.

DELEZE. Critica e Clinica. Trad. Peter Pál Pelbart. Rio de aneiro Editora 34, 2004.

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