O Projeto

 "Escrileituras: um modo de ler-escrever em meio à vida" é parte do projeto de Pesquisa vinculado ao Programa Observatório da Educação CAPES/INEP. Coordenado pela Profª Drª Sandra Mara Corazza, coordenadora geral e também do núcleo UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Há ainda mais três núcleos do Projeto, UFPel - Universidade Federal de Pelotas, coordenado pela Profª Drª Carla Gonçalves Rodrigues e o núcleo UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, coordenado Profª Drª Ester Maria Dreher Heuser. O projeto também está vinculado ao grupo de pesquisa EFF - Estudos de Filosofia e formação. A coordenação do grupo de pesquisa e do núcleo UFMT - Universidade Federal do Mato Grosso do projeto escrileituras é do Prof. Dr. Silas Borges Monteiro. Sendo assim, as pesquisas do GRUPO EFF são direcionadas também para as propostas do Escrileituras.

Projeto

  Partindo do estabelecimento de uma Educação com e na vida o Projeto " Escrileituras: um modo de ler-escrever em meio à vida" encontra potencia no ato de criação textual, para tal sua abrangência textual e territorial implica no estabelecimento de ações partilhadas e desenvolvidas por dentro e no entorno do conceito de escrileitura. O trabalho é inscrito por uma via de experimentações de leitura-escritas, entendidas como possibilidade de efetuações do pensamento, nesse sentido a escrileitura é um texto que demanda uma postura multivalente do leitor, estabelecida na co-autoria entre quem lê e quem escreve simultaneamente em lugarizações diversas, para tal a ideia da escrita como um processo de escrileitura, propõe um texto aberto às interferências do leitor, sendo escrevível ou traduzível de variadas formas.

   Trata-se do trabalho com diferentes linguagens, provocador de outros modos de relação com a escrita, com a leitura e com a vida, compreende a experimentação como condição da aprendizagem, uma vez que possa convocar o exercício do pensamento. Colocando em experimentação, o que não se conhece, e na extensão de sua estrangeiridade, fazer falar e escrever outra língua na liberação de forças mais criativas.

   O conceito de escrileitura, insere o Projeto na dimensão imaginativa de toda a escritura ou texto de fruição, ou seja, faz nascerem novos modos de produção e de inscrição de sentidos, de histórias, de vidas, de coisas no mundo, que acontecem através e entre os espaçamentos não pensados, no imenso campo de possibilidades que há entre os objetos brutos, para dizer da importância do outrem na criação.

   "Escrileituras: um modo de ler-escrever em meio à vida" compreende um projeto de pequisa que pensa o próprio caminho de sua investigação, que se utiliza de percursos desconhecidos para traçar desvios e operar rupturas no já sabido, reconhecido e legítimo. Em sua metodologia adquire e produz tonalidades contemporâneas na aproximação com Nietzsche, Foucault e Deleze. A metodologia de trabalho do projeto compreende um modo de intervenção investigativa nas formas de aprender e, como tal, prevê a modalidade de oficinas como possibilidade da pesquisa a ser realizada por seus próprios participantes, e para tal, refere um plano de trabalho organizado em tempos espaços e propostas especificas para cada encontro e tipologia de oficinas.

   As seis modalidades de oficinas são, inicialmente, propostas como seis linhas de intensidades a serem multiplicadas numa cartografia intensiva. Como possibilidades territoriais de novas singularizações, estão articuladas aos três planos do pensamento apresentados por Deleze e Guattari: a filosofia, a arte e a ciência.

Oficina de artes visuais

   Oficinar em meio as artes visuais: propor a experimentação de objetos percebidos, porém não estratificados e ainda desconhecidos ao intelecto. Trata-se de ver, com os olhos, através das sensações.

Oficina de biografemas

   Uma oficina de escritura biografemática, implicada por movimentos disparadores do pensamento, o que significa escrever os detalhes de uma vida, as raridades que passam despercebidas ou que ainda não foram significadas e partilhadas no plano cognitivo. Transformar detalhes insignificantes em signos de escrita. Utilizar esses signos como disparadores de um novo texto, trata-se da invenção de conectores entre ficção e realidade, entre imaginário e historia biográfica.

Oficina de filosofia

   Uma proposta de escrita oficinada por dentro do próprio texto, no qual o dentro se comunica com a força da escrita e, na mesma superfície, passa a conversar com o seu escritor-leitor simultaneamente. O escrileitor é também considerado texto, pretexto, personagem e escritor que experimenta a superfície movediça do vivido, ele compõe a autoria com o que encontra ou com quem quer que seja que encontre. Uma oficina provocadora de sentidos e produtora de conceitos na experimentação de sensações, afectos, desejos e outras maneiras de ser e de escrever o indizível.


Oficina de lógica e pensamento matemático

   Oficinar em meio a referentes que cortam e recortam o caos, a ciência tratada como um plano de pensamento e, portanto, uma modalidade de aprender que demanda a ordenação lógica do conhecimento. Envolve a invenção e o estabelecimento de relações entre espaços, formas, grandezas, medidas, números, operações, funções, bem como os modos de criação e de tratamento das informações organizadas.

Oficina de musica e corpo


   Musicalização como possibilidade de invenção, de sensibilização e de problematização. Esta oficina trata a musica como um modo de expressão da linguagem que ela própria fabrica. Sua potencia consiste na abertura a outros modos de sentir e de pensar o vivido. Implica a criação de conectores possíveis entre os diferentes modos de expressões musicais através de audições, e performances e composições, que possam colocar a musica em estado de arranjo textual.


Oficina de teatro

   Não o teatro da representação, mas o teatro realizado no plano da imanência do pensamento, teatro de encenação, que põe em cena o processo de singularização. Uma oficina de escrileitura teatral constitui-se como espaço de apresentação e de invenção de conceitos ainda não pensados ou atuados, os quais, por sua vez, animam e são animados na tradução de outras formas de expressão: para além dos textos automáticos, assépticos, interpretados e submetidos a exercícios representacionais.


Características do eixo comum às oficinas: Transdisciplinaridade, imersão na estrangeiridade dos textos oficinados, aportagem de problematizações acerca do vivido, produção de pesquisas, exercicio da escrileitura e vivencia de diferentes processos de singularização.

Participantes das oficinas: Estudantes de licenciaturas, no eixo Educação Superior,: Docentes da Educação Básica de Ensino, no eixo profissional: alunos de rede publica de ensino, nos eixos da Educação Básica e da Educação de Jovens e Adultos.


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